sábado, 17 de setembro de 2011

Sobre escrever e escolher

Escrever, é o que leio no canto superior direito da caixa de postagem.

Escreva, cara aprendiz de jornalista, escreva.
Sim, escreverei. E sei que poucos, ou ninguém lerá, mas não vem ao caso ou não importa no momento.

Escrevo como terapia, escrevo como desabafo, escrevo como forma simples e banal para se passar o tempo. Escrevo quando palavras expressas na forma oral faltam ou começam a ser repetitivas.

Estou sentimental ultimamente. E quando em tal estado, tendo a me fazer repetitiva e sonhadora, soando a ingenuidade e até, babaquice.

Mesmo assim, escreverei sobre como recentemente tenho refletido a respeito do comportamento humano e o comportamento de coisas que não podemos controlar.
Tive uma aula muito interessante num momento muito propício. Forma introdutória sobre o que é liberdade, conhecemos um pouco de teorias a respeito de destino. Minha professora pergunta à classe: quais de vocês acreditam ou não em destino.

Não me manifestei em nenhum momento da aula, mas não acredito. Manifestei em rede social (leia-se FACEBOOK) há pouco tempo que não acredito nesse treco de destino. O que existe pra mim são escolhas e consequências.

Algo parecido com Determinismo e/ou Liberdade Possível.

No que entendi de Determinismo (o que pode ser errôneo e mal interpretado de minha parte) o ser humano não é regido exatamente pelo Destino, mas sim de elos de uma cadeia causal universal. Ou seja, o que é feito nada mais é que uma reação de um ato já cometido e assim infinitamente até os primórdios da Mãe Natureza. O homem é determinado a certas coisas, já que está preso nessa cadeia.

Quanto a Liberdade Possível, em meu caderno escrevi a frase que chamou a atenção e que parecia muito explicativa a respeito dela:
"A consciência pode interferir no nexo causal, transformando o homem de ser passivo em agente de mudança, pelo menos de sua própria vida."

O que, ao meu parecer, refere-se à consciência de modo que, tendo consciência de seus atos, o ser humano remove-se dessa inevitável cadeia causal para assumir determinada postura de qual será sua escolha, não classificando-a como mais uma reação da já citada cadeia causal.

Como já diz a música "Uma Criança Com Seu Olhar" (Charlie Brown Jr.): Nossas escolhas vão dizer para onde iremos.

Essa, de Liberdade Possível, me parece mais com o que sigo em grande parte do tempo. Não sou consciente em todos os momentos, mas quando realmente importa, procuro ser.
Feliz ou infelizmente sou daquelas pessoas que consideram infinitas possibilidades antes de adotar uma postura, o que me faz demorar em adotá-la.

Creio eu, como simplória espectadora do universo, que deve-se considerar seus atos e as muitas consequências que eles trarão. É quase, se não totalmente impossível, fazer isto em cada escolha.
Mas ao menos tentar não é. Nem que seja depois de tomada a decisão.

Apelando a um cultuado clássico como é Stairway To Heaven, tento fazer entendível minha última frase:

Sim, há dois caminhos que você pode seguir, mas na longa estrada há sempre tempo de mudar o caminho que você segue.


Portanto, ao leitor perdido, tento ser ainda mais clara:
Do meu ponto de vista, o passado explica o presente e o presente explicará o futuro. O rumo que você escolhe é teu e somente teu. Decisões são tomadas, mas podem ser repensadas, alteradas, revertidas ou não. Nada além de teimosia e orgulho (ambos que possuo em grandes quantidades) nos impedem de voltar atrás e repensar atitudes não é vergonha nenhuma.

Tudo é escolha. Difíceis, mas não deixam de ser escolhas.

Adotar posturas pensando nas abundantes recompensas que Deus ou Deuses, o Universo, o Karma ou o que for lhe trarão pode não ser sensato. Nem sempre é como o esperado, apesar da tal velha história: você colhe o que planta.

Nem sempre a safra é boa e se for, pode demorar. Aí o que se faz? Reclama aos sete ventos?

Sim, reclama-se aos sete ventos, pois é natural do ser humano. Mesmo com tal pensamento eu ainda reclamo como se não houvesse amanhã...

Talvez seja a idade, a impaciência, os distúrbios de ansiedade, paranoia e muitos outros fatores (tratáveis, controláveis ou incontroláveis) que fazem a mim e outros muitos seres humanos, mais complexos que Matemática Avançada ou algo mais difícil que não consiga pensar no momento. Entende-se a situação, mas as reclamações ainda estão lá, loucas para serem proferidas a quem quiser ouvir (e a quem não quiser também).

E se você leu até aqui, parabéns, não deve ter sido fácil.

Mas, cá entre nós, essa tal natureza humana é uma torturante bitch from hell, porque vai ser complicada assim em outra galáxia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário