terça-feira, 29 de junho de 2010

Tempo (d)e mudanças.

É engraçado quando estou “beirando” a data do meu aniversário.
O que acho interessante da experiência de aniversariar é olhar para trás e ver o que fiz de certo e onde errei. E como a cada ano pareço ficar um pouquinho mais babaca. Mas isso é um detalhe dispensável nesse texto.
Eu que dificilmente escrevo textos pessoais né.
Agora, beirando os 18 anos eu percebo coisas que antes não eram tão claras para mim. Eu sabia como elas eram, mas não tinha a perspectiva que tenho hoje.
Ao passar do tempo e das experiências que vivemos, acredito que comparamos o que éramos com o que somos na esperança de ver um progresso.
De uns tempos pra cá, percebi que perdi muito da minha inocência, mesmo quando parece que não.
Percebi que muitas inseguranças permanecem, mesmo que eu saiba que elas são bobas e como eu evito que as pessoas descubram, tentando construir a imagem de uma mulher forte.
Percebi que com novas atitudes adquiri novas características e às vezes machuquei alguém.
Realmente reparei na dificuldade que eu tenho em fazer coisas pequenas, mas significativas.
Vejo muitas e muitas coisas que tenho a intenção de mudar e como grandes mudanças são empolgantes, mas me amedrontam.
Mesmo ainda faltando um tempo para que eu realmente complete mais um ano de vida, penso que nesse momento é a hora de deixar tantos hábitos que me acompanharam durante anos e anos e as inseguranças que seguiram comigo...
Sei também que alguns hábitos dificilmente são abandonados. Algumas inseguranças dificilmente viram situações seguras. Às vezes temos medo de realmente mudar algo porque algo pode dar errado. Eu, perfeccionista, conheço bem o medo de errar e estragar o que estava bom a princípio.
O resumo desse emaranhado de palavras, ideias e “achismos” tão pessoais, é um sentimento estranho, único, engraçado, pavoroso e empolgante.
Mudar é algo assim. Estranho, único, engraçado, pavoroso e empolgante. Pavoroso para mim é mudar e não saber como agir ou simplesmente errar. Engraçado é que eu sei que isso é bobagem, é errando que se aprende. Empolgante é o aprendizado que posso obter se realmente estiver disposta a conhecer algo novo. Estranho é não ter ideia do que pode acontecer, mesmo que tenha planejado. Única é a sensação de sentir tudo isso em frações de segundo.
Mas c’est la vie! Não posso afirmar o que realmente irá mudar, mas algo sempre muda... Sem listas desta vez.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Revivi | Depois da tormenta

Pra ser bem honesta, achei que tinha deletado esse blog. Mas já que não excluí... Acho que voltarei a postar.

Falta de planejamento de blog é mesmo uma merda.

Já que é pra zoar, aqui vai um texto que escrevi há uns minutinhos. (:
Espero que a alma que ler, goste. Beijos! :)


Depois da tormenta

Texto inspirado em “Too Close For Comfort”, música da banda McFly.
Por Isabella Macedo


- É melhor, entende? Quem sabe um dia a gente se encontra de novo e... sei lá, volta.
- É, claro... Quem sabe um dia – ela riu e secou uma lágrima, sabendo que era mais uma mentira e que nunca mais voltariam a ser o que eram.


Era uma das lembranças que tinha e que não sabia se realmente a machucava. Mesmo sem saber como se sentia, as lembranças daquela relação sem pé nem cabeça ecoavam em sua cabeça. De modo nem racional, nem emocional.

Não sabia se havia algo para perdoar em si mesma ou se havia algo a ser perdoado. Superou e mudou porque sabia que era a coisa certa a ser feita, mas realmente nunca esquecera e ainda se questionava o que havia feito de errado. Ele havia se aproximado, ela primeiro o evitou, mas acabou se apaixonando. E então, ele mudou.
Havia quebrado o limite de “espaço pessoal”, estava perto demais? Fora sincera demais? Ele a afastou quando ela realmente queria se aproximar. Havia algo que ele não queria que ela soubesse? Mesmo sem sentir remorso, tristeza ou mágoa, o modo como ele aproximou-se e decidiu repentinamente se afastar seria para sempre uma charada sem resposta.
A intensidade daquele período de tempo; como o que tiveram pareceu rápido, mas forte e como isso facilmente pareceu dissolver-se no ar como uma nuvem de fumaça a marcou. As lembranças eram como uma ferida totalmente cicatrizada, mas incômoda. Durante muito tempo, chorou, sofreu tentando entender onde errou , se culpou, teve raiva e o culpou por tudo que havia acontecido e como aquela relação fora brutalmente rompida.
Passou por todos os sentimentos possíveis, até que um dia como outro qualquer que se arranca numa folha de calendário, ela entendeu. Que não podia se culpar e nem culpá-lo. Sentia-se mais madura, forte, crescida e muito mais dura. Mudara totalmente o modo como via o mundo, seus próprios sentimentos e tudo no que antes acreditava.
Fez então o que acreditou estar certo e passou a esconder seus sentimentos mais profundos, escondendo até que os escondia. E desaconselhava os que tentavam fazer o mesmo, pois sabia muito bem que tal atitude implicaria consequências em todos os setores de sua vida e que lidar com isso seria um gigantesco desafio.