domingo, 24 de abril de 2011

Alexitimia aguda.

Devo confessar que acho a psicologia muitíssimo interessante.
Já ouvi muito falar que quem faz psicologia tem alguns problemas e faz tal curso para esquecer desses próprios problemas enchendo a cabeça com o dos outros.

Não sei se posso levar isso muito a sério, talvez seja um certo preconceito com o curso. Enfim...
Se o que falarei é caso de psicologia ou apenas uma característica pessoal, realmente não tenho certeza.

Hoje, estava no Tumblr e um post que rebloguei me chamou muuito a atenção. E sim, claro que me identifiquei com o mesmo.

Era simples, um texto em letras grandes e outro em letras menores e dizia simplesmente:

Alexithymia
- difficulty describing feelings to other people
(Alexitimia - dificuldade em descrever sentimentos para outras pessoas).

Claro, a curiosa foi procurar sobre. Recorri, como podem prever, ao Google. Resumidamente, é isso mesmo. Mas você, leitor, pode fazer uma pesquisa mais extensa e digna que a minha.


Afinal, quem nunca sentiu aquela certa incapacidade de colocar em palavras o que estava sentindo? Num momento de raiva, de tristeza, de dor (emocional, no caso), de expressar a grandeza de tal coisa? De qual era, em suma, o sentimento?

Aquela dor física, quando você bate o dedinho do pé na quina da cama. Há uma medida? Sim:

"Tá doendo muito?" a alma preocupada contigo pergunta.
"TÁ DOENDO PRA CARALHO!!!", você grita, com lágrimas nos olhos. Porque afinal, quando as palavras quantitativas como MUITO, BASTANTE ou até mesmo um DE MONTÃO não são suficientes, só um "pra c..." consegue expressar com uma quase exatidão.

É como perguntar quantas estrelas tem no céu. "Tem estrela de montão" não tem o mesmo impacto que "tem estrela pra caralho". Só talvez "Acho que umas cinquenta e nove trilhões duzentos e noventa e três bilhões oitenta e oito milhões quarenta e nove mil novecentos e noventa e uma estrelas"

Mas palavras quantitativas não são o caso. Voltemos ao assunto.

E pra expressar aquela dor emocional. De uma despedida, de um coração partido, de uma decepção?

"Como você está?" lhe perguntam após a morte de um ente querido.
Eu não sei vocês, mas eu não conseguiria soltar um "TÁ DOENDO PRA CARALHO".

É no máximo um "não sei" ou um "vai passar" ou o clássico "tô bem".

Todos nós, em um momento ou outro da vida, sofremos de Alexitimia.

O problema é quando você vive com isso.

"Mas, ai Bell, vc não sente saudades de gostar de alguém?" Me perguntaram certa vez.
Até hoje não sei a resposta dessa pergunta e, como na ocasião, ainda lanço o famoso:
"Sei lá cara...".

Como decodificar o que a gente sente? Será que não existe um decodificador de emoções, tipo o do sinal HD para as televisões?
É na base da terapia mesmo ou um simples: te vira aí mané?
Depende de muito autoconhecimento?

Algumas questões que você pode perguntar a um psicólogo. Depois me conta o que ele respondeu.

Irei refletir a respeito disso, mas não publicarei sobre.

Afinal, me diagnostiquei com alexitimia aguda...

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